sábado, 27 de outubro de 2012

pedradas e bolsa de água quente

Pedradas

Pensamento: “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.” Cora Coralina

Mensagem: Pedradas"Certa vez, um ANJO escutou um choro vindo de um campo.
Ficou surpreso... ao ver quem chorava era uma ÁRVORE.
-Por que choras, dona ÁRVORE?
-Choro porque mais um dia vai começar, e o meu sofrimento também. O que me faz sofrer são as pessoas, elas jogam pedras em mim o dia inteiro, não consigo entender, "seu" ANJO. Eu, que me esforço tanto para produzir frutos deliciosos e só levo pedradas. Por que será que elas não gostam de mim?
Então, calmamente o ANJO respondeu:
-Você está enganada, dona ÁRVORE. As pessoas gostam demais de VOCÊ. E dos seus FRUTOS, por isso elas jogam pedras em você, é para pegar seus FRUTOS.
Preste bem atenção:
Ninguém joga pedra em ÁRVORE que não dá FRUTO!
Se estão jogando pedras em você, é porque você está produzindo alguma coisa que é MARAVILHOSA PARA OS OLHOS DELES."
Autor desconhecido

Bolsa de água quente


Pensamento: “As palavras de amizade e conforto podem ser curtas e sucintas, mas o seu eco é infindável.” Madre Teresa de Calcutá
Mensagem: Bolsa de água quente (Uma história real...)

Certa noite eu estava fazendo de tudo para ajudar uma mãe em trabalho de parto. Apesar do esforço ela não resistiu e nos deixou com um bebê prematuro e uma filha de dois anos em prantos. Era muito complicado manter o bebê vivo sem uma incubadora, pois não tínhamos eletricidade para ativar a incubadora. Também não tínhamos recursos adequados de alimentação. Mesmo morando na linha do equador, as noites eram, frias com aragens traiçoeiras. Uma das aprendizes de parteira foi buscar a caixa que reservávamos a tais bebês e os panos de algodão para envolvê-lo. Uma outra, foi acender o fogo para aquecer uma chaleira com água, para a bolsa de água quente. Sem demora, retornou desconsolada pois a bolsa disponível, havia rompido. Borracha estraga fácil em clima tropical.
- Era nossa última bolsa - disse-me ela.
Assim como no ocidente se diz que "não adianta chorar sobre o leite derramado", na África Central poderia ser que “não adianta chorar sobre bolsas estragadas”. Elas não crescem em árvores, e não existem farmácias no meio das florestas...
- Muito bem - eu disse - coloque o bebê em segurança o mais próximo quanto possível do fogo e durmam entre a porta e o bebê para protegê-lo das rufadas de vento frio. Precisamos manter o bebê aquecido. Na manhã seguinte, fui rezar com as órfãs que se dispuseram a reunir comigo. Fiz uma série de sugestões que pudessem despertá-las a rezar e, também, contei-lhes sobre o bebê.
Expliquei nossa dificuldade em manter o bebê aquecido, em função da única bolsa de água que havia estourado, e que o bebê poderia morrer de frio. Mencionei a irmãzinha de 2 anos, que não parava de chorar, pela perda e ausência da mãe. Durante as orações, uma das meninas de 10 anos, uma de nossas crianças africanas, rezou: - “Por favor, Deus, manda-nos uma bolsa de água quente. Amanhã talvez já vai ser tarde, Deus, porque o bebê pode não agüentar. Por isso, manda a bolsa ainda hoje, meu pai.”
Enquanto eu ainda procurava recuperar o ar diante de tamanha demonstração de fé, ela acrescentou: - "E já que está cuidando disso, Deus, por favor, manda junto uma boneca para a irmãzinha dela, para que ela saiba que o senhor a ama de verdade.”
- Fiquei em apuros. Eu poderia simplesmente dizer “Amém”. Eu, honestamente, não podia acreditar que Deus atenderia àquele pedido. A bíblia nos ensina que a fé, não tem limite.
O único jeito de realizar esse pedido, seria por encomenda à minha terra natal, via correio. Eu estou na África, há quatro anos e jamais havia recebido uma encomenda postal de casa. De qualquer forma, se alguém enviasse algo, mandaria uma bolsa de água quente? Eu morava na linha do Equador... À tarde, durante uma aula da escola de enfermagem, veio um recado dizendo que um carro estacionou no portão de minha casa. Corri... Ao chegar em casa, o carro havia partido, mas deixou um pacote de 11 kg na varanda. Chorei. Não consegui abrir o pacote sozinha, e pedi que algumas crianças do orfanato me ajudassem. Tudo foi feito com muito cuidado, para que nada fosse danificado. Os corações batiam forte. Os olhos acompanhavam arregaladamente cada ação. A camada de cima, era composta de roupas coloridas e cintilantes. O silêncio tomava conta, a medida que ia tirando as novidades. Havia ataduras para leprosos, caixinhas de uvas passas, farinha de trigo, que daria um gostoso bolo no fim de semana.
Quando pus as mãos de novo na caixa, pasmem... Uma bolsa de água quente, novinha em folha. Eu gritei! Eu não havia feito nenhuma encomenda neste sentido. Ruth, que estava perto, saltou e começou a gritar: - Se Deus mandou a bolsa, ele também mandou a boneca.
Enfiando as mãos na caixa, procurava pela boneca. E lá estava ela... maravilhosamente vestida. Ruth nunca duvidou. Olhando para mim e perguntou:
- Posso ir junto levar a boneca para aquela menina, para que ela saiba que Jesus também a ama muito?


Mensagem: Valorize o que é seu

O dono de um pequeno comércio, amigo do poeta Olavo Bilac, abordou-o na rua e perguntou-lhe:
- Senhor Bilac, preciso vender o meu sítio, aquele que o senhor conhece tão bem. Será que poderia redigir um anúncio para o jornal?
Bilac então escreveu:
- Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os Pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortada por cristalinas e marejantes água de um ribeirão. A casa banhada pelo sol nascente oferece sombra tranquila das tardes na varanda.
Meses depois o poeta voltou a encontrar o homem e perguntou se ele havia vendido o sítio.
O homem respondeu:
- Nem pensei mais nisso. Quando li o anúncio que você escreveu percebi a maravilha que tinha.
Às vezes, desprezamos as coisas boas que possuímos e vamos atrás da miragem de falsos tesouros.
De vez em quando vemos pessoas abrindo mão da esposa/esposo, dos filhos, da família, da comunidade, dos amigos, da cidade onde residem, da profissão, do conhecimento acumulado durante os anos de vida, da boa saúde, das belezas da vida.
Precipitadamente, jogam pela janela aquilo que Deus lhes deu com tanta graça e que em anos foi cultivado com garra. Olhe em volta, valorize o que você tem:
O seu lar, as pessoas amadas, os amigos com os quais pode de fato contar, o conhecimento que adquiriu, a sua boa saúde e as belezas da vida, que são verdadeiramente o seu mais precioso tesouro. Não adianta fazer um carinho na pessoa amada depois que ela estiver dentro de um caixão.
Não adianta querer reaver trabalhos que negligenciamos. O melhor a fazer é valorizar isso agora.
Peça a Deus para que os problemas do dia a dia não lhe gerem sentimentos de impotência, tristeza, ansiedade. Se você se unir a Deus, a vitória para esse tipo de luta ficará mais certa, pois Ele veio “trazer vida e vida em abundância”.
Ao invés de reclamar de sua família, faz o que está ao seu alcance para que ela melhore.
Em vez de reclamar do ambiente de trabalho, observa o que pode fazer para melhorar o recinto.
Em vez de isolar-se dos amigos por causa das fraquezas deles, procure investir na intimidade emocional, a fim de poder ter liberdade para fazer críticas construtivas aos companheiros.
É necessária uma fé relevante em Deus para que a auto estima seja fortalecida pela superação dos problemas cotidianos e pelo aumento de atividades significativas para si próprio, as quais validam o que se é e o que se faz.

Autor desconhecido

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Fita verde no cabelo

FITA VERDE NO CABELO

João Guimarães Rosa

Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam, homens e mulheres que esperavam, e meninos e meninas que nasciam e cresciam.
Todos com juízo, suficientemente, menos uma meninazinha, a que por enquanto. Aquela, um dia, saiu de lá, com uma fita verde inventada no cabelo.
Sua mãe mandara-a, com um cesto e um pote, à avó, que a amava, a uma outra e quase igualzinha aldeia.
Fita-Verde partiu, sobre logo, ela a linda, tudo era uma vez. O pote continha um doce em calda, e o cesto estava vazio, que para buscar framboesas.
Daí, que, indo, no atravessar o bosque, viu só os lenhadores, que por lá lenhavam; mas o lobo nenhum, desconhecido nem peludo. Pois os lenhadores tinham exterminado o lobo.
Então, ela, mesma, era quem se dizia:
– Vou à vovó, com cesto e pote, e a fita verde no cabelo, o tanto que a mamãe me mandou.
A aldeia e a casa esperando-a acolá, depois daquele moinho, que a gente pensa que vê, e das horas, que a gente não vê que não são.
E ela mesma resolveu escolher tomar este caminho de cá, louco e longo, e não o outro, encurtoso. Saiu, atrás de suas asas ligeiras, sua sombra também vinha-lhe correndo, em pós.
Divertia-se com ver as avelãs do chão não voarem, com inalcançar essas borboletas nunca em buquê nem em botão, e com ignorar se cada uma em seu lugar as plebeinhas flores, princesinhas e incomuns, quando a gente tanto por elas passa.
Vinha sobejadamente.
Demorou, para dar com a avó em casa, que assim lhe respondeu, quando ela, toque, toque, bateu:
– Quem é?
– Sou eu… – e Fita-Verde descansou a voz. – Sou sua linda netinha, com cesto e pote, com a fita verde no cabelo, que a mamãe me mandou.
Vai, a avó, difícil, disse: – Puxa o ferrolho de pau da porta, entra e abre. Deus te abençoe. Fita-Verde assim fez, e entrou e olhou.
A avó estava na cama, rebuçada e só. Devia, para falar agagado e fraco e rouco, assim, de ter apanhado um ruim defluxo. Dizendo: – Depõe o pote e o cesto na arca, e vem para perto de mim, enquanto é tempo.
Mas agora Fita-Verde se espantava, além de entristecer-se de ver que perdera em caminho sua grande fita verde no cabelo atada; e estava suada, com enorme fome de almoço. Ela perguntou:
– Vovozinha, que braços tão magros, os seus, e que mãos tão trementes!
– É porque não vou poder nunca mais te abraçar, minha neta… – a avó murmurou.
– Vovozinha, mas que lábios, aí, tão arroxeados!
– É porque não vou nunca mais poder te beijar, minha neta… – a avó suspirou.
– Vovozinha, e que olhos tão fundos e parados, nesse rosto encovado, pálido?
– É porque já não estou te vendo, nunca mais, minha netinha… – a avó ainda gemeu.
Fita-Verde mais se assustou, como se fosse ter juízo pela primeira vez. Gritou: –
Vovozinha, eu tenho medo do Lobo!…
Mas a avó não estava mais lá, sendo que demasiado ausente, a não ser pelo frio, triste e tão repentino corpo.

Extraído do livro Meus primeiros contos. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, Antologia de Contistas Brasileiros vol. 3, 2001.

                             O SAPO E A ROSA

Era um vez o SAPO e a ROSA. Eles conviviam em um lindo jardim e eram muito felizes como amigos. Os dois evidentemente se amavam muito. Porém a rosa, por ser muito bonita ouviu de suas amigas: – Como pode você uma rosa gostar de um sapo feio e nojento?

E então, a rosa toda envaidecida disse para o sapo: – Não posso mais ser sua amiga.

O sapo com o coração partido foi embora do jardim. Passados alguns minutos, o sapo ão se aguentando de saudade resolveu voltar ao jardim. Quando chegou se deparou com a rosa toda despedaçada. Assustado perguntou: – O que aconteceu com você minha querida?

E a rosa chorando disse: – Depois que você foi embora as abelhas acabaram comigo. Era você que as comia e me protegia. Pena que eu não dei valor. Por favor, me perdoa?

Moral da História:

JAMAIS DEIXE O ORGULHO TE AFASTAR DAS PESSOAS QUE VOCÊ REALMENTE AMA!!!